mpresa já assinou protocolo de intenções para a realização das obras e técnicos chineses chegam ao Brasil neste sábado para reconhecimento do trecho
Kelly Carvalho
Divulgação: Governo do Mato Grosso Trecho deverá ter 2 mil km de extensão Especialistas da companhia China Railway Engineering Corporation  chegam em Cuiabá no próximo sábado (3), para a realização dos primeiros estudos de viabilidade para a construção de ferrovia em trecho de 2 mil km, ligando a capital do Mato Grosso a Santarém (PA).
O grupo assinou no primeiro semestre deste ano, durante visita do governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, à China, um protocolo de intenções para a execução do trecho.
A intenção dos chineses é facilitar o escoamento de soja e outros produtos de cidades do Centro-Oeste até Santarém, na região Norte do País, de onde partiriam de navio. Atualmente, os produtos percorrem o mesmo trecho pela BR-163. Itens de fabricação chinesa também poderiam entrar no Brasil pela ferrovia.
Os técnicos da empresa chinesa participarão no Brasil da expedição Rota de integração, que deve percorrer a rodovia BR-163 entre Cuiabá e Santarém nos dias 3 a 5 de setembro. O programa, liderado pelo governo do Mato Grosso, conta com a participação de empresários, produtores rurais e políticos para promover a integração entre os Estados com vistas ao desenvolvimento no setor produtivo. O secretário-extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes do Mato Grosso, Francisco Vuolo, explica que essa primeira Rota de Integração tem dois objetivos principais: a consolidação da BR-163, que ainda necessita de pavimentação em trecho de 700 km no Pará, e da Ferrovia Cuiabá-Santarém.
Divulgação: Fepasa Mapa mostra trecho de ligação entre Cuiabá e Santarém
  Concessão
O traçado de interesse dos chineses faz parte da malha da Ferronorte e era concessão da ALL (América Latina Logística), que abriu mão do trecho a partir de Rondonópolis (MT).
Segundo estudos preliminares, a construção do trecho custaria R$ 10 bilhões, porém, o valor só será confirmado após a definição exata do traçado, que poderá demandar a construção de túneis, encarecendo mais a obra.
Em paralelo ao reconhecimento de campo dos chineses, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) deve realizar estudos de viabilidade técnica e de impacto ambiental do trecho, para o desenvolvimento do modelo de concessão e processo licitatório. Segundo Vuolo, o estudo deve começar até 20 de setembro, em parceria com técnicos das Universidades Federais do Mato Grosso e de Santa Catarina, com duração máxima de 18 meses.
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