Rio - Enquanto brasileiros aguardam a liberação da segunda fase do programa habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’, a Caixa Econômica Federal não para de receber projetos imobiliários pelo modelo. São empreendimentos destinados a famílias com renda de até R$ 4.900. Para se ter ideia, só a Prefeitura do Rio de Janeiro já conta com quase 27 mil unidades à espera apenas da liberação para encaminhá-las para análise da Caixa.
No ‘Minha Casa, Minha Vida 2’ está prevista a construção de dois milhões de moradias. Segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, o programa ampliou o mercado de habitação no país e aqueceu a construção civil.
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Mercado ampliado e subsídio concedido pelo ‘Minha Casa, Minha Vida’ vão contribuir para ampliar o setor, diz Hereda.Ele ressalta que o grosso das unidades fica pronto durante este ano.
“A construção de um condomínio leva no mínimo 12 meses na média, chega a 18 meses. O Brasil encontrou o caminho no enfrentamento do déficit habitacional, que chega a sete milhões de moradias”, afirma Hereda.
De acordo com ele, a política habitacional não pode ser apenas de um banco.
“Atualmente, temos 70% do mercado de crédito imobiliário no país. É positivo contar com os outros bancos neste segmento. No futuro, não vai ser somente o Banco do Brasil, que vai oferecer o financiamento pelo programa. Para mim, todos os agentes vão ter interesse em operar pelo ‘Minha Casa, Minha Vida’”, prevê.
O presidente da Caixa comenta ainda que o programa habitacional precisa de alguns ajustes, como na tecnologia, para dar mais velocidade às construções e no treinamento da mão de obra. “A liberação da segunda fase deve ser este mês. O valor do imóvel será de R$ 170 mil, e a renda máxima permitida vai continuar em R$ 4.900”, diz Hereda.
“Consumidores de habitação”
A redução no desemprego, a melhora da renda e os juros, que passaram por trajetória de queda, foram os responsáveis pela nova classe média, que passou a consumir e, segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, se tornou consumidora de habitação. “São os emergentes. Por isso, é natural que empresas passem a desenhar produtos compatíveis com essas famílias”, explica Hereda.
Ele lembra ainda que, atualmente, existe um número maior de pessoas que têm condições de entrar no mercado do que há três anos: “Mercado ampliado e subsídio (desconto) concedido pelo ‘Minha Casa, Minha Vida’ também vão contribuir para ampliar ainda mais o segmento imobiliário”.
Dados da Caixa revelam que, no estado do Rio, são 58.389 unidades para todas as faixas de renda desde a criação do programa em 2009. Desse total, 12.144 já foram entregues.
No país, o número salta para mais de 1 milhão de imóveis, sendo que 354.134 já estão com seus proprietários. O montante chegou a R$ 60,1 bilhões.
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