No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento no custo de construir subiu 7,04%, segundo revelou o IBGE
Com crescimento abaixo da média nacional, que ficou em 0,48%, o custo da construção civil no Ceará registrou uma leve variação de 0,21% em abril - a oitava menor oscilação entre as 27 unidades da Federação. No último mês, o valor médio do metro quadrado no Estado ficou em R$ 721,39, contra R$ 719,87 em março. Os dados foram divulgados ontem e correspondem ao Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), em parceira com a Caixa Econômica.
Para o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon/CE), André Montenegro, a variação do Sinapi no Ceará foi dentro do esperado. "Talvez em maio, por conta do dissídio coletivo dos trabalhadores do setor, vamos ter uma variação um pouco maior na mão-de-obra", prevê o empresário.
No quadrimestre, a alta registrada pela construção civil no Estado foi de 0,42%, ficando entre as cinco menores do Brasil, ao lado de São Paulo. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento no custo alcançou 7,04%, segundo menor na região, empatado com Alagoas e a 13ª variação no País.
No País
No Brasil, o custo da construção civil teve alta de 0,48% em abril. No primeiro quadrimestre a alta chega a 1,67% - abaixo do resultado computado em igual período de 2010 (2%). No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi de 7%, acima dos 6,88% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 775,43, em março, para R$ 779,18. Desse valor, R$ 439,78 é o gasto com materiais e R$ 339,40, com a mão de obra. A região Sudeste continua a ter o maior preço por metro quadrado: R$ 819,71.
Entre os Estados, o Rio de Janeiro é aquele com custo maior (R$ 894,95), seguido por São Paulo (R$ 844,11) e Acre (R$ 835,56).
Pressionada pelo reajuste salarial da Bahia, a Região Nordeste, com alta de 1,21%, ficou com a maior taxa regional em abril. Os demais resultados foram: 0,31% (Centro-Oeste), 0,24% (Norte), 0,15% (Norte) e 0,12% (Sul).
Devido à pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo com os trabalhadores, a Bahia registrou a maior taxa mensal: 3,57%.