Presidentes de associações de madeireiras de diversas localidades de Rondônia participaram na tarde desta terça-feira (26), no plenário da Assembleia Legislativa do debate na Comissão geral sobre as situações que estão afetando o setor, com a presença da secretária de Estado do Desenvolvimento Ambiental, Nanci Maria Rodrigues da Silva, o secretário-chefe da Casa Civil, Ricardo de Sá Vieira e o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e presidente do Conselho Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (Conedes). Antonio Afonso, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia Implantação de plano de manejo em pequenas propriedades o que vai ajudar muito o pequeno agricultor. Em Espigão há muita produção e não está tendo como fazer o aproveitamento da extração da madeira. O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Município (Simp), representando a Fiero, Ivandro Behenck disse que os madeireiros estão enfrentando terrorismo, como se fossem bandidos que não tivessem endereço. “Cheguei a Rondônia em 1977. Quem trouxe os primeiros recursos para este Estado foi o setor madeireiro. Nós que desbravamos, vamos ter nossa ficha recheada de crime ambiental e não poderemos participar da licitação em relação aos estudos das reservas estaduais. Estamos parados, não temos como trabalhar. Sempre fomos o maior gerador do ICMS. Precisamos da liberação imediata do manejo e do Documento de Origem Florestal (DOF), senão teremos que demitir, fechar as portas. Precisamos de uma resposta imediata da Sedam”, desabafou. Dentre as reivindicações feitas pelo representante da Fiero estão o fim da Operação Arco de Fogo maior agilidade em relação a Sedam para liberar as empresas para trabalharem e, maior diálogo entre Poder Executivo, Poder Legislativo e madeireiros, colocando a Fiero à disposição. “Temos que pensar em longo prazo. Existem questões importantes para serem analisadas como a licitação das reservas estaduais e o reflorestamento (temos muito pouco em ciência e tecnologia nessa área)”, ressaltou. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valter Araújo (PTB), disse que com  relação a esta Casa, que jamais dificultará o diálogo. “Essas discussões visam descobrir os anseios do setor madeireiro. Esta Casa é a ressonância dos anseios da sociedade de Rondônia e tem se posicionado com firmeza em defesa do setor produtivo do estado. Não temos poder decisório em nível federal, mas estamos tentando marcar uma audiência com a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira para tentar acabar com esta Operação Arco de Fogo. Infelizmente nossa bancada federal não faz o seu papel. Temos senadores e deputados federais ligados ao setor que podem intervir em favor dos madeireiros”, observou Valter Araújo. O representante da Comissão Luiz Valadares apresentou um breve histórico sobre o setor madeireiro no estado. “Conseguimos convencer na época que a Assembléia Legislativa fizesse um pacto federativo sobre a gestão ambiental que foi aprovado nos permitindo o gerenciamento. Os municípios de Cacoal, Ministro Andreazza, Espigão D’Oeste, Pimenta Bueno, Parecis, São Felipe, Primavera de Rondônia e Rolim de Moura estão há oito meses sob intensa fiscalização da Operação Arco de Fogo com cerca de 20 caminhonetes entre Ibama e Polícia Federal”, reclamou. Desafiou o presidente que os acompanhem em uma reunião, tome à frente e convoque a Bancada Federal, para acabar com essa operação. “Se não conseguirmos, que essa operação seja destinada a outros fins pois havido abuso de autoridade. Não temos nem força, nem estrutura. Seja nosso representante nessa questão”, encerrou. O presidente da Associação dos Moveleiros de Rolim de Moura e Região, João Roberto Chagas falou que as empresas estão sendo fechadas. “Estamos enfrentando dificuldades há 10 anos. O setor moveleiro está acabando. O madeireiro extrai a madeira e o moveleiro a transforma. Compramos a madeira pronta, mas pagamos as mesmas taxas. “É preciso desonerar a certificação e fazer a legalização do setor. Hoje 90% do setor estão trabalhando informalmente. Para fazer a licença ambiental temos que pagar de R$ 7 a 8 mil. Para fazer a renovação o engenheiro florestal cobra R$ 4 mil. É impossível uma empresa pequena se legalizar”, informou. Ao encerrar, pediu à secretária Nanci Silva seja sensível a situação dos moveleiros. Também pediu aos deputados que façam uma Lei para que as pequenas empresas possam se cadastrar sem precisar do engenheiro florestal.
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