RIO - Você sabia que a engenharia civil nasceu em 1792, na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, da necessidade de diversificar a produção dos engenheiros militares? De projetistas de fortalezas, eles passaram a ser requisitados para as obras civis do Brasil Colônia. Mais de dois séculos depois, o Instituto Militar de Engenharia (IME) continua como referência nacional na formação de engenheiros, que já não projetam mais fortes, mas precisam edificar um país que não para de crescer.
Plantão | Publicada em 03/05/2011 às 08h53m
Lauro Neto
 
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RIO - Você sabia que a engenharia civil nasceu em 1792, na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, da necessidade de diversificar a produção dos engenheiros militares? De projetistas de fortalezas, eles passaram a ser requisitados para as obras civis do Brasil Colônia. Mais de dois séculos depois, o Instituto Militar de Engenharia (IME) continua como referência nacional na formação de engenheiros, que já não projetam mais fortes, mas precisam edificar um país que não para de crescer.
VÍDEO:O dia a dia do trabalho de um engenheiro civil
SAIBA MAIS:detalhes sobre a carreira e o curso
Gustavo Nóbrega, de 22 anos, não tinha ideia disso quando decidiu vir do Recife para o Rio para estudar no IME, há cinco anos. Ralou para entrar e, já em 2008, ajudou a criar a empresa júnior da instituição. Aluno civil do 5 ano de Engenharia de Fortificação e Construção (nome dado pelo IME à Engenharia Civil), Gustavo toca dois projetos: a construção da sede de uma ONG em Magé e a reforma do Parque Regional de Manutenção na Vila Militar de Deodoro:
- É a possibilidade de colocar em prática o que aprendemos. Meu diploma será curinga. Tem gente que trabalhará em lugares que vão do Google à Unilever, passando por mercado financeiro e consultorias. Quero montar uma empresa de construção civil e gerenciá-la.
Oportunidades não faltam no mercado aquecido. O major Marcelo Reis, coordenador de graduação de Engenharia de Fortificação do IME, descreve o perfil procurado:
- O mercado busca profissionais transdisciplinares e generalistas, que dominem as áreas da construção civil, desde recursos hídricos a estruturas, passando por geotecnia e estradas. Por isso, damos ênfase a todas elas no IME.
Os alunos que ingressam ali para seguir carreira militar ainda têm a vantagem de poder trabalhar em grandes obras do Exército, como a duplicação da BR-101 Nordeste e a transposição do Rio São Francisco. A partir do 4 ano, eles visitam esses empreendimentos e outros na região Norte, a fim de desenvolver projetos para comunidades ribeirinhas e nas fronteiras.
- Se eu não fosse militar, não teria a chance de, formada, sair trabalhando em obras com tão alto grau de responsabilidade e que contam muito no currículo - diz Carolina Reis, do 4 ano.
Leonam Studart, do 5 ano, escolheu o mesmo caminho:
- Estou estagiando na obra da Vila Olímpica para os Jogos Militares, que posteriormente será usada nas Olimpíadas. Me sinto útil por ajudar em obras que vão fazer o Brasil crescer