Grandes centros comerciais e seus prédios de centenas de metros são verdadeiras muralhas urbanas que limitam a vivência ao mero "entra e sai" de gente. Há, na arquitetura, porém, projetos pensados para devolver aos habitantes de qualquer metrópole a noção de praça pública. Esse tipo de criação é discutido pela exposição O Coração da Cidade: A invenção do espaço de convivência, em São Paulo.
A mostra inaugura nesta terça-feira (19) no Instituto Tomie Ohtake, na zona oeste da capital paulista. Em fotografias, maquetes, desenhos e plantas, a exposição procura valorizar criações arquitetônicas que abrem espaços como praças e vãos que permitem a interação das pessoas com o espaço.
Ao todo, mais de 115 projetos arquitetônicos são citados. Um dos destaques é o prédio do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. O antigo Ministério da Educação e Saúde, concluído em 1943, é um prédio construído sobre praça, que permite a circulação de pessoas por debaixo dos vários andares.
O curador, o arquiteto e professor da Universidade de São Paulo Julio Katinsky, destaca ainda as chamadas "praças cívicas", espaços construídos para protestos. São exemplos a Praça dos Três Poderes (DF) e o Memorial de América Latina (SP), ambos de Oscar Niemeyer.
Serviço
O Coração da Cidade: A invenção do espaço de convivência
Instituto Tomie Ohtake
Abertura: 19 de abril, às 20h
Até 03 de julho de 2011, terça a domingo, das 11h às 20h
Av. Faria Lima, 201 - São Paulo - SP