Com uma proposta que não agradou os cerca de quatro mil trabalhadores das 14 indústrias cerâmicas da região, a categoria rejeitou por unanimidade o percentual nas assembleias realizadas em Cocal do Sul e Criciúma.
A categoria ameaça parar por não concordar com os índices escalonados oferecidos pelo Sindicato Patronal: 8,47% (6,47% é a inflação do período) para os vencimentos até R$ 1 mil 7,47% de R$1 mil a R$ 3 mil e 6,47% aqueles que recebem acima de R$ 3 mil. Para os trabalhadores que ganham somente o piso a proposta é de 20% de aumento entre INPC e ganho real para o piso inicial atual de R$ 690 e 10% para o piso atual após 30 dias na empresa de R$ 840. O abono teria um reajuste de 8,47% chegando a R$ 564.
A categoria reivindica 10% de ganho real mais a inflação do período, piso de R$ 1,2 mil e abono de R$ 1 mil entre outras cláusulas. “Temos que ter consciência da perda salarial e do salário baixo e vivemos uma situação diferente dos outros anos. A atividade econômica no setor está num bom momento”, disse Itaci de Sá, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e região.
Uma nova rodada de negociação e assembleias devem acontecer na próxima semana e se não houver nova e melhor proposta das empresas, não está descartada paralisação geral. A data-base é 1º de janeiro.