Durante o verão, a compra e o uso de ar-condicionado aumentam consideravelmente. Para enfrentar o calor, os brasileiros diminuem a temperatura dos aparelhos nas empresas, em suas casas e automóveis e gelam o ambiente em busca de conforto.
No entanto, o ar-condicionado pode se tornar um grande vilão para aqueles que sofrem com doenças respiratórias, já que o uso inadequado e a falta de limpeza podem aumentar a incidência de rinites, sinusites e outras reações alérgicas.
Por conta disso, a Academia Brasileira de Rinologia (ABR) idealizou a "Campanha Respire pelo Nariz e Viva Melhor", com o objetivo de chamar a atenção daqueles que possuem contato direto com o ar-condicionado sobre a importância da manutenção frequente do aparelho.
Segundo o médico da ABR, Fabrizio Romano, o ar-condicionado desidrata o ar e resseca o muco protetor que reveste as mucosas das vias aéreas, destruindo anticorpos e enzimas que protegem o corpo, predispondo ainda mais as pessoas aos riscos de infecções.
"O aparelho retira umidade do ambiente, deixando o ar seco, o que prejudica o bom funcionamento das vias respiratórias, desde o nariz até os pulmões", explica ele.
Além disso, se o filtro do ar-condicionado estiver vencido, pode enviar impurezas para o ambiente, provocando alergias e infecções, por isso a manutenção do aparelho se faz necessária, já que evita a proliferação de microrganismos nocivos, como ácaros, bactérias, fungos e vírus transmissores de doenças. "O ideal é que quem esteja no ar-condicionado tome bastante líquido e use solução fisiológica nas narinas para evitar essa desidratação", recomenda.